O homem evangélico vive desarmado em meio a indivíduos armados até os dentes, e deve desinteressar-se da própria pessoa, embora no meio da mais feroz avidez. Então, que forças vitais o defendem e impedem a destruição de seu produto mais perfeito? Respondemos: a Divina Providência. Trata-se na verdade do imponderável que, por isso, escapa à sensibilidade grosseira do involuído. É uma força real, inteligente, que funciona segundo lei própria, fenômeno sempre pronto a verificar-se, desde que se apresentem reunidos os elementos determinantes. E também isso é lógico. O fenômeno, sem dúvida alguma, existe, é susceptível de experimentação e influi até mesmo no campo dos efeitos utilitários, se o mecanismo das forças resultantes é posto em ação no momento exato. Torna-se necessário, antes de mais nada, compreender a lei desse fenômeno e expor as condições necessárias para que ele se verifique. Quais são essas condições? Ei-las:
1) Merecer a ajuda;
2) Haver, antes de mais nada, esgotado as possibilidades das suas próprias forças;
3) Estar, de acordo com suas condições, em estado de necessidade absoluta;
4) Pedir o necessário e nada mais;
5) Pedir humildemente, com submissão e fé.
Quando essas condições se realizam, a Divina Providência está em condições de funcionar a favor de todos.
Do livro A Nova Civilização do Terceiro Milênio